Bem vindos!!!!!!!

Preparem-se para conhecer um mundo diferente, um lugar onde qualquer pensamento será validado, desde que respeitemos o direito de todos, acreditemos que o impossível é possível. Venham, olhem, critiquem, reflitam, aproveitem, pois esse espaço não é pra ser individualizado. Vamos fazer algo coletivo!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Super-tição na terra do Cão

E lá está ele deitado, envolto de uma poça de sangue, não sabe o que aconteceu. Parece que ainda respira, seus batimentos cardíacos estão mais lentos, ele está desacordado. Algumas horas depois ele acorda e percebe que tudo está diferente, se apresenta para ele um ambiente extremamente ostil o qual ele nunca tinha conhecido antes. O que será que aconteceu com este herói?
Deitado mesmo começa a nalisar o ambiente e nota que está todo molhado, melado com seu próprio sangue. Daí lhe vem as lembranças daquela manhã em que estava tentando se divertir. Mas os pensamentos estão atordoados e então ele começa a despertar...
Tem algo diferente, as pessoas não estão felizes... o mundo é outro.
Ele é recepcionado por um grupo de pessoas que o chamam de “carne fresca” e estes querem despi-lo (até por que poucos têm roupa naquele lugar), ele se debate na tentativa de se livrar do grupo, mas estes parece estar dominados pelo desejo de subtrair aquelas vestes. O super-tição continua no chão e não percebe que o líquido derramado no chão é sangue, o seu sangue. As suas roupas meladas já foram retiradas pelos moradores daquele lugar, ele estava só de cueca e ainda deitado na poça de sangue.
Mais uma vez ele dormiu... e parece que enuqnato dormia pedia para que tudo fosse um sonho. Mas não amigos, esse lugar não era pesadelo. Era real e o Super-tição estava lá.
No outro dia ele se levantou todo sujo, e notou que suas costas estava ferida e que os ferimentos eram graves. Olhou para os pulsos procurando seu amuleto e viu que não estava com ele. Assim ele era um comum... E nesse novo lugar, parece que não conseguiria ficar muito trempo.
No dia seguinte amanheceu e tudo estava muito quente. Para ele era umas 06 horas da manhã e o sol parecia aquele de meio-dia. Ele sente sede, mas não vê quem possa te dar água. Então percebe que aqueles que tinha furtado suas vestes continuavam nus, e que outros é que as estavam usando. Notou aí que tinham líderes. Ainda fraco e cambaleando ele andou a procura de água e comida (ninguém para para ajudar). Caminhou até cançar, e começou a notar que tudo seria muitoo difícil. Ainda estava confuso e nada ajudava nessa nova jornada.
Uns caras começaram a se aproximar na intenção de intimidá-lo, mas ele “não comeu regue”. Virou para os caras e começou a encará-los (afinal sabemos que esse cara é marrento). Daí iniciou o debate.
- O que você está fazendo aqui ou seu merda? (perguntou o líder do grupo)
- Rapaz... Não é de sua conta... (respondeu o Tição)
O líder questiona - Como é seu verme? Você sabe que sou o único que pode amenizar sua estadia nesse lugar saco de fezes. Sou eu quem manda em tudo aqui, este é meu território.
Tição retruca - Que território de ninguém, não babo ovo nenhum para sobreviver seu frutinha?
O líder dá risadas – Você está realmente vivo?
Como assim? Ele se pergunta. O que aconteceu comigo?
Continua o líder - Achar mesmo que está vivo se pergunte por que suas costas estão tão machucadas. Você já morreu seu otário e eu é que sou o rei desse pedaço em que você veio parar. E imagina... Aqui você vai pedir para morrer e não poderá.
O super-tição então fica assustado. É muita informação para ele.
Então tição pergunta. – Que besteira é essa que você está falando seu idiota, porque vim parar nesse fim de mundo?
O cara responde - Seu otário, parece que você não fez coisas boas onde você estava, pois aqui só vem quem não é bom. Você não era só um sobrevivente, isso eu tenho certeza.
Super-tição fica mais confuso ainda com aquela conversa, dá as costas e sai andando.
Então o líder pergunta... – Quem disse que terminou nossa conversa? Como falei sua bicha aqui as coisas só acontecem quando eu mando e se eu não mandei você ir embora você fica aqui mesmo ende estava.
Tição já com os nervos abalados responde – Vai se lenhar rapaz... Já falei que quem manda em mim sou eu, você não passa de uma bichona cercada de outras bichas que têm medo de você. Mas eu não tenho medo, eu sou o Tição.
O líder retrunca... - Você acham mesmo que aqui é igual de onde você veio não é?
Tição continua andando então do nada tudo fica escuro...

terça-feira, 2 de março de 2010

Super-tição (A morte)

O dia amanheceu ensolarado e ele se preparava para ir à praia para se distrair. Ele colocou sua sunga vermelha, sua bermuda branca e uma camisa regata verde, colocou o protetor solar no bolso e R$ 80,00 na carteira. Quando estava saindo então de seu barraco, sentiu que lê faltava algo (os seus braceletes, aqueles que foram dados pela sua avó). Assim ele não teria seus super-poderes, mas mesmo assim ignorou o fato e foi para a praia. Andou para o ponto de ônibus e pegou uma condução que o deixasse no porto da barra. No percurso entraram dois caras, um foi para os primeiros bancos do veículo e o outro sentou na cadeira próxima do “cobrador”, ele não percebeu nada (afinal estava descoberto, sem seu amuleto). Então quando chegava na Ondina ambos os caras anunciaram o assalto. Ele não sabia o que fazer, pois não saiu preparado para pegar bandidos, saiu para se divertir, mas parece que herói não pode ter vida própria, tem sempre que ser um mártire, esquecer de si e de sua família. Os caras pareciam inexperientes, mas ele não poderia arriscar, afinal tinham inocentes no ônibus e poderiam sair feridos. Mas ele não podia ficar sem fazer nada.
Os caras estavam coletando os pertences dos passageiros até que chegaram até ele. Quando então ocorreu um grande problema, o que se sentou atrás o reconheceu e começou a ficar mais nervoso do que já estava. Pegaram ele, apontaram o 38 cano curto para a sua cabeça e ameaçaram de atirar por três vezes. Então não podendo mais agüentar com tanta tenção ele reagil. Pegou a arma da mão do cara, mas não deu conta que o outro estava com uma faca, e esse o apunhalou nas costas, fazendo com que a lâmina atravessasse o seu pulmão e perfurasse o seu coração.
Os assaltantes saíram correndo logo após o ocorrido e todos da condução correram para cima dele para tentar ajudar, levaram ele para o HGE, com ferimentos graves. Foi atendido no pronto socorro onde ficou vivo por mais vinte e cinco minutos. E assim morreu ele, o vigilante da justiça, o grande herói dos pobres. Morreu por um erro bobo, por não se precaver, por querer ter um dia de folga.
No seu funeral tinham poucas pessoas, afinal sua família era bem pequena e pobre, e não tinha ninguém para agradecer os seus esforços, seus préstimos, sua bravura.
Que durma em paz, Super-tição.