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Preparem-se para conhecer um mundo diferente, um lugar onde qualquer pensamento será validado, desde que respeitemos o direito de todos, acreditemos que o impossível é possível. Venham, olhem, critiquem, reflitam, aproveitem, pois esse espaço não é pra ser individualizado. Vamos fazer algo coletivo!

terça-feira, 2 de março de 2010

Super-tição (A morte)

O dia amanheceu ensolarado e ele se preparava para ir à praia para se distrair. Ele colocou sua sunga vermelha, sua bermuda branca e uma camisa regata verde, colocou o protetor solar no bolso e R$ 80,00 na carteira. Quando estava saindo então de seu barraco, sentiu que lê faltava algo (os seus braceletes, aqueles que foram dados pela sua avó). Assim ele não teria seus super-poderes, mas mesmo assim ignorou o fato e foi para a praia. Andou para o ponto de ônibus e pegou uma condução que o deixasse no porto da barra. No percurso entraram dois caras, um foi para os primeiros bancos do veículo e o outro sentou na cadeira próxima do “cobrador”, ele não percebeu nada (afinal estava descoberto, sem seu amuleto). Então quando chegava na Ondina ambos os caras anunciaram o assalto. Ele não sabia o que fazer, pois não saiu preparado para pegar bandidos, saiu para se divertir, mas parece que herói não pode ter vida própria, tem sempre que ser um mártire, esquecer de si e de sua família. Os caras pareciam inexperientes, mas ele não poderia arriscar, afinal tinham inocentes no ônibus e poderiam sair feridos. Mas ele não podia ficar sem fazer nada.
Os caras estavam coletando os pertences dos passageiros até que chegaram até ele. Quando então ocorreu um grande problema, o que se sentou atrás o reconheceu e começou a ficar mais nervoso do que já estava. Pegaram ele, apontaram o 38 cano curto para a sua cabeça e ameaçaram de atirar por três vezes. Então não podendo mais agüentar com tanta tenção ele reagil. Pegou a arma da mão do cara, mas não deu conta que o outro estava com uma faca, e esse o apunhalou nas costas, fazendo com que a lâmina atravessasse o seu pulmão e perfurasse o seu coração.
Os assaltantes saíram correndo logo após o ocorrido e todos da condução correram para cima dele para tentar ajudar, levaram ele para o HGE, com ferimentos graves. Foi atendido no pronto socorro onde ficou vivo por mais vinte e cinco minutos. E assim morreu ele, o vigilante da justiça, o grande herói dos pobres. Morreu por um erro bobo, por não se precaver, por querer ter um dia de folga.
No seu funeral tinham poucas pessoas, afinal sua família era bem pequena e pobre, e não tinha ninguém para agradecer os seus esforços, seus préstimos, sua bravura.
Que durma em paz, Super-tição.