Bem vindos!!!!!!!

Preparem-se para conhecer um mundo diferente, um lugar onde qualquer pensamento será validado, desde que respeitemos o direito de todos, acreditemos que o impossível é possível. Venham, olhem, critiquem, reflitam, aproveitem, pois esse espaço não é pra ser individualizado. Vamos fazer algo coletivo!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

COMFORTABLY NUMB

COMFORTABLY NUMB

Hello,
Is there anybody in there?
Just nod if you can hear me
Is there anyone at home?
Come on now
I hear you're feeling down
I can ease your pain
And get you on your feet again
Relax
I'll need some information first
Just the basic facts
Can you show me where it hurts?

There is no pain, you are receding
A distant ship smoke on the horizon
You are coming through in waves
Your lips move but I can't hear what you're saying
When I was a child I had a fever
My hands felt just like two balloons
Now I've got that feeling once again
I can't explain, you would not understand
This is not how I am
I have become comfortably numb

O.K.
Just a little pin prick
There'll be no more aaaaaaaah!
But you may feel a little sick
Can you stand up?
I do belive it's working, good
That'll keep you going through the show
Come on it's time to go.

There is no pain you are receding
A distant ship smoke on the horizon
You are only coming through in waves
Your lips move but I can't hear what you're saying
When I was a child
I caught a fleeting glimpse
Out of the corner of my eye
I turned to look but it was gone
I cannot put my finger on it now
The child is grown
The dream is gone
I have become comfortably numb


CONFORTAVELMENTE ANESTESIADO

Olá!
Há alguém aí dentro?
Apenas acene com a cabeça se você consegue me ouvir
Há alguém em casa?
Vamos, vamos, agora
Ouço dizer que você anda deprimido
Posso aliviar sua dor
Pôr você em pé de novo
Relaxe
Precisarei de alguma informação primeiro
Apenas os fatos básicos
Você poderia me mostrar onde dói?

Não há nenhuma dor, você está recuando
Um navio distante soltando fumaça no horizonte
Você só está sendo captado em ondas pelo receptor
Seus lábios se movem mas não consigo ouvir você
Quando era criança, tive uma febre
Minhas mãos me pareciam dois balões
Agora tenho essa sensação mais uma vez
Não consigo explicar, você não entenderia
Não é assim que eu sou
Me tomei confortavelmente anestesiado

OK
Apenas uma picadinha de agulha
Não haverá mais aaaaaaaah!
Mas você poderá se sentir um pouco enjoado
Você consegue se levantar?
Acredito mesmo que esteja funcionando, bom!
Isso o fará agüentar fazer o show
Vamos, está na hora de irmos

Não há nenhuma dor, você está recuando
Um navio distante soltando fumaça no horizonte
Você só está sendo captado em ondas pelo receptor
Seus lábios se movem mas não consigo ouvir você
Quando era criança,
Vi de relance
Pelo cantinho do olho
Me virei para olhar mas tinha ido embora
Não consigo detectá-lo agora
A criança cresceu
O sonho acabou
E eu fiquei confortavelmente anestesiado

domingo, 13 de dezembro de 2009

VERDADE


A porta da verdade estava aberta,
mas só deixava passar
meia pessoa de cada vez.


Assim não era possível atingir toda a verdade,
porque a meia pessoa que entrava
só trazia o perfil de meia verdade.
E sua segunda metade
voltava igualmente com meio perfil.
E os meios perfis não coincidiam.


Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta.
Chegaram ao lugar luminoso
onde a verdade esplendia seus fogos.
Era dividida em metades
diferentes uma da outra.


Chegou-se a discutir qual a metade mais bela.
Nenhuma das duas era totalmente bela.
E carecia optar. Cada um optou conforme
seu capricho, sua ilusão, sua miopia.


(Carlos Drumommond de Andrade) 

Não se mate


Carlos, sossegue, o amor
é isso que você está vendo:
hoje beija, amanhã não beija,
depois de amanhã é domingo
e segunda-feira ninguém sabe
o que será.


Inútil você resistir
ou mesmo suicidar-se.
Não se mate, oh não se mate,
reserve-se todo para
as bodas que ninguém sabe
quando virão,
se é que virão


O amor, Carlos, você telúrico,
a noite passou em você,
e os recalques se sublimando,
lá dentro um barulho inefável,
rezas,
vitrolas,
santos que se persignam,
anúncios do melhor sabão,
barulho que ninguém sabe
de quê, praquê.


Entretanto você caminha
melancólico e vertical.
Você é a palmeira, você é o grito
que ninguém ouviu no teatro
e as luzes todas se apagam.
O amor, no escuro, não, no claro,
é sempre triste, meu filho, Carlos,
mas não diga nada a ninguém,
ninguém sabe nem saberá.



(Carlos Drummond de Andrade)

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Um relacionamento... Fim!

Esta noite as coisas estão estranhas, ele já não consegue mais falar como antes. As pessoas estão diferentes, e ele um pouco assustado. Porquê de ter tantas coisas acontecendo em sua vida. Esta noite ele estava meio apreensivo, quando então o telefone tocou e veio a voz daquela pessoa, que outrora era a sua amada. Ele atendeu o telefone com a voz tremula. E do outro lado a pessoa começou a lhe perguntar como ele estava.


 - Olá tudo bem? O que tem feito?
 - Eu tenho trabalhado... E me preparado para mais desafios, e você?
 - Eu tenho feito o mesmo, e por isso quero falar com você.
 - E o que queres falar comigo?
 - Você acha que tem algo estranho em nosso relacionamento?


Esta pergunta foi um tiro certeiro entre seus olhos e invadiu o seu cérebro como uma bala certeira e penetrante. Tirou-lhe toda a sua vitalidade naquele momento. E como um cadáver ele desmoronou. Colocou a mão na cabeça, sentou-se em seu sofá velho, olhou para os lados e enfim... Continuou a ouvir a pergunta que foi repetida mais uma vez.


 - E então... Você acha que tem algo de errado em nosso relacionamento?
 - Não acho nada, por que me perguntas isso?
 - É que há algum tempo percebo que não estamos mais em sintonia. As coisas não estão mais andando como no início, e eu não quero te magoar.


A frase foi o tiro de misericórdia... Ele desabou no sofá e começou a chorar feito uma criança. Ele não conseguia ter palavras para nem mesmo questionar o que estava acontecendo... Simplesmente, chorava. Ele parecia não ter consolo. Se perguntava o porquê aquilo estava acontecendo, e logo depois de tantos anos de relacionamento. Uma mulher como aquela era difícil de se conseguir... Mas estava acontecendo com ele, e ele não tinha ação para enfrentar toda aquela situação.


 - Está aí ainda?
Sim estou... Presencialmente... Mas estou. Ainda tem algo?
 - Sim... Eu não estou me sentindo bem em estar do jeito que estamos, e estou disposta a viver de outra forma. Quero estar bem e que você esteja bem. E a melhor forma de estarmos bem é ficarmos sós.
 - Só? Acha que estarei melhor só que com você? Então, na tem mais nada a fazer... Estarei aqui caso queira conversar pessoalmente.
 - Não! Por favor, não queira deixar as coisas mais difíceis do que já estão.


E então o telefone desligou, e ele ficou lá parado, olhando para a aquele teto de laje pré-moldada, sem reboco e com fios passando para todos os lados. Na sala tinha um sofá velho, uma cadeira de madeira e um raque antigo com a tampa de vidro quebrada. A Tv estava quebrada, e ele se lamentava, e chorava inconsolávelmente. Mas enfim... Era o fim que tinha chegado. E ele perceberá que um dia as coisas voltarão a ser como era antes e ele terá uma boa vida! Pois este fim representa um começo, o começo de um novo momento. Ele sofre, ela também, mas ambos ficarão bem... (Pelo menos é o que se espera).

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Espera!

Este quarto está apertado... Nada mais me agrada. O que posso fazer se o que quero não posso ter? Hoje é mais um dia, estou andando de um lado para o outro, e quem está ao meu lado? O vento, este me cerca totalmente, até no espaço mais improvável, lá está o ar a me cercar. O que posso fazer se não tenho o que quero?
Esta noite está mais escura e o quarto mais quente (um calor infernal). Não consigo dormir. O suor me escorre pela nuca, e nada de acontecer o que quero. Quero ter uma coisa, só uma e nada mais. Mas parece ser impossível, pois a há muito nada me satisfaz. Que loucura é essa? Não sei o que fazer. Quero tanto o que quero, parece que não vou mais parar de querer. Me jogo para um lado, me empurro para o outro, e nada de o sono chegar. Amanhã... terei que acordar cedo, mas não consigo dormir. O quarto está me sufocando... O que mais tenho a esperar? Minha imaginação não é a mesma, parece que perdi aquele solo fértil que brotava idéias, parece que nada mais brota neste terreno. O que está acontecendo?
Mas então... Como sempre espero, vou ter que agüentar, pois em mais dia ou menos dia, mais hora ou menos hora, sei que o que espero acontecerá. E toda essa minha angustia a pena valerá. Ah! Se, vai... Valerá!
Olho pela janela, as luzes estão acesas, o céu está sem nuvens, às estrelas esforçam-se para se mostrarem (algumas não conseguem), mas sei que o céu está estrelado. O cheiro da rua inunda minhas narinas e esse medo de não conseguir o que quero. Essa aflição que me persegue.
Mas superarei, pois tudo o que estou passando valerá a pena. Um dia as coisas hei de melhorar, e quando melhorarem, sorrirei de tudo isso que agora me ocorre. Será uma gargalhada tão aliviada, que quem ver não entenderá nada.
Doce presença que me persegue, quero muito que tu estejas comigo, quero muito, muito mesmo. Faço de tudo por você meu filho. Essa minha espera, sei que será recompensada!

Jackson Caetano
Em: 01 de dezembro de 2009

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Super-tição em:






Mais um dia de cão.



É manhã, e este cara está andando pelas ruas de Salvador, precisamente pela orla do bairro da Boca do Rio. Ele está pensando nos últimos acontecimentos, está querendo saber o porquê as coisas mudaram tanto de rumo. (Desde uma ultima luta que teve com uns caras sua cabeça não é mais a mesma). Ele então se senta na praia da armação e fica olhando para o mar, se questiona o porquê ele é tão revolto nessa parte da cidade, porque ele não pode ser o que quer ser. –“estou cansado de ser o que sou, quero ser mais e melhor, ser super herói não ajuda muito”. 
Ele teve um relacionamento há dois anos com uma mulher que ele realmente amou, mas ela não conseguia entender o que estava acontecendo, ele tentou protegê-la, mas infelizmente como se fosse uma sina, ela foi assassinada (parece que super-herói não tem direito ao amor). Desde então ele fica se perguntando o porquê das coisas e fica colocando a sua raiva contra seus inimigos. Tem o Cabeça de Peixe (o matador do bairro das Malvinas) com seus feitos inescrupulosos e suas manias por demonstrar que manda. (Uma vez ele chegou a mandar o cara se cagar e se lambuzar antes de esfaqueá-lo). E tem também açougueiro (este gosta de retalhar seus adversários). Ambos foram derrotados pelo Super-tição. 
Mas ele ainda estava incomodado. Quando lutava com dois capangas de Cabeça de Peixe eles soltaram que o Super-tição nunca seria bom o suficiente para derrotar um cara novo que estava na área, mas eles não falaram o nome. Só disseram que o cara também sabia jogar capoeira, e que ele era protegido por um amuleto. (Super-tição teve medo de ser alguém muito conhecido para ele). Então... Ele ficou intrigado e mesmo sabendo que não tinha muitas respostas para as suas perguntas, colocou os caras para dormir na frente da 11° delegacia de polícia com um recadinho em suas costas.





Ele está na praia e lembra-se de sua infância, quando queria muito aprender a dar um “AU” e tinha dificuldade em jogar uma ponteira. Lembrou das risadas, das frustrações e daquela pessoa que o ajudara tanto. E de repente, surge alguém nas suas costas o chama, ele não escuta, mas a pessoa grita.





- Ei! Você meu caro... Vim para trocarmos uma idéia! Serei eu quem irá te ensinar a não se meter nos negócios alheios.





Ele se sente meio tonto, pois a voz parece conhecida, acredita que tudo o que está acontecendo é por conta de seis noites sem dormir, mas não é. Ele está acordado e o mar está mais revolto. O sol está tinindo em suas costas e a praia está deserta, parece que estava tudo pronto.





- Está falando comigo meu rei? (Ele pergunta)



- Sim estou e você terá que aprender a nunca mais se meter com quem não deve.





Ele se vira, fecha um pouco os olhos para ter uma visão melhor, e percebe que há algo familiar naquela face, ele custa em acreditar naquilo tudo, quando então... O cara se aproxima para um combate, um combate que pode ser mortal, e que pode mostrar muito para um homem como o Super-tição. Ele se pergunta o porquê tudo aquilo está acontecendo e então... Recebe o seu primeiro chute na cara (uma voadora, certeira)...




Jackson Rodrigues Caetano
Em 4 de dezembro de 2009

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Garotas Boas Vão Pro Céu... Garotas Más Vão Prá Qualquer Lugar...

Rebeca Matta

Eu tenho tudo que me tem que todos têm que tem o todo que tem tudo mais, e é assim que é, contraido ou expandido e no meu caso eu sou mulher... (3x)

Toda garota tem xoxota e tem muito amor pra dar,
O sangue pulsa, corre, pula...
Aí não há juíz, não há correntes não há!...
Não há quem diga o que é errado, e o que é?
Não há quem fale o que é pecado, e o que é?
Disso o corpo não entende, só não vê quem não quer...
Eu vi um dia pichado na parede de um bar

Garotas boas vão pro céu,
Garotas más vão pra qualquer lugar...(3x)

Há quem pense que a solidão é má,
Há quem diga que tem muito amor pra dar, mas ora,
Solidão é pra quem quer
E solidão é pra quem pode
E já não posso parar de pensar no que podemos fazer juntos...
Eu vou jogando até o fim do mundo,
Esticando a beira de tudo,
Vou querer vibrar com os corpos suados,
Com o sol no deserto, Senhor de tudo
Vou querer tocar você como um esperma penetra no ventre...

Matar ou morrer? Ficar ou correr? Enfrentar todos os bichos (4x)

Eu tenho tudo que me tem que todos têm que tem o todo que tem tudo mais, e é assim que é, contraido ou expandido e no meu caso eu sou mulher... (2x)

Toda garota tem xoxota e tem muito amor pra dar,
O sangue pulsa, corre, pula...
Aí não há juíz, não há correntes não há!...
Não há quem diga o que é errado, e o que é?
Não há quem fale o que é pecado, e o que é?
Disso o corpo não entende, só não vê quem não quer...
Eu vi um dia pichado na parede de um bar

Garotas boas vão pro céu,
Garotas más vão pra qualquer lugar...(3x)

Matar ou morrer? Ficar ou correr? Enfrentar todos os bichos (4x)

Eu tenho tudo que me tem que todos têm que tem o todo que tem tudo mais, e é assim que é, contraido ou expandido e no meu caso eu sou mulher... (4x)

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Criança Não Trabalha

Criança Não Trabalha

Palavra Cantada

Composição: Arnaldo Antunes e Paulo Tatit


 
Lápis, caderno, chiclete, pião
Sol, bicicleta, skate, calção
Esconderijo, avião, correria, tambor, gritaria, jardim, confusão

Bola, pelúcia, merenda, crayon
Banho de rio, banho de mar, pula cela, bombom
Tanque de areia, gnomo, sereia, pirata, baleia, manteiga no pão

Giz, merthiolate, band-aid, sabão
Tênis, cadarço, almofada, colchão
Quebra-cabeça, boneca, peteca, botão, pega-pega, papel, papelão

Criança não trabalha, criança dá trabalho
Criança não trabalha...

Lápis, caderno, chiclete, pião
Sol, bicicleta, skate, calção
Esconderijo, avião, correria, tambor, gritaria, jardim, confusão

Bola, pelúcia, merenda, crayon
Banho de rio, banho de mar, pula cela, bombom
Tanque de areia, gnomo, sereia, pirata, baleia, manteiga no pão

Criança não trabalha, criança dá trabalho
Criança não trabalha...

Giz, merthiolate, band-aid, sabão
Tênis, cadarço, almofada, colchão
Quebra-cabeça, boneca, peteca, botão, pega-pega, papel, papelão

Criança não trabalha, criança dá trabalho
Criança não trabalha...

1, 2 feijão com arroz
3, 4 feijão no prato
5, 6 tudo outra vez...

Lápis, caderno, chiclete, pião
Sol, bicicleta, skate, calção
Esconderijo, avião, correria, tambor, gritaria, jardim, confusão

Bola, pelúcia, merenda, crayon
Banho de rio, banho de mar, pula cela, bombom
Tanque de areia, gnomo, sereia, pirata, baleia, manteiga no pão

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Uma verdade verdadeira...

Verdade

A porta da verdade estava aberta,
mas só deixava passar
meia pessoa de cada vez.

Assim não era possível atingir toda a verdade,
porque a meia pessoa que entrava
só trazia o perfil de meia verdade.
E sua segunda metade
voltava igualmente com meio perfil.
E os meios perfis não coincidiam.

Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta.
Chegaram ao lugar luminoso
onde a verdade esplendia seus fogos.
Era dividida em metades
diferentes uma da outra.

Chegou-se a discutir qual a metade mais bela.
Nenhuma das duas era totalmente bela.
E carecia optar. Cada um optou conforme
seu capricho, sua ilusão, sua miopia.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Super-Tição


É noite, e ele se pergunta no que fará. Está deitado em seu sofá velho, assistindo uma TV mal sintonizada num programa qualquer. Precisa pensar no que vai fazer para pagar as contas e o aluguel atrasado, mas ele não é um qualquer. Ele tem uma missão. Então ele se levantava, vai ao banheiro para tomar um banho (aquele ambiente mal iluminado e cheirando a mofo). Coloca uma calça dessas de capoeirista e suas pulseiras herdadas de sua avó e sai pela rua.
A rua onde ele mora está deserta, ele se preocupa, pois em qualquer canto da cidade pode acontecer algo. Ele tem inimigos, e esses não estão muito afim de encontrá-los pela rua. Ele é uma ameaça aos negócios ilícitos. Ele não é popular na cidade, muitos não sabem que existe, mas se perguntam o por que tanta gente sendo deixada na frente de delegacias implorando para não voltar para as ruas. Parece que esse cara tem o dom de convencer as pessoas a não fazer coisas erradas.
Nunca foi para uma academia, mas desde pequeno joga capoeira com seus amigos. Com essa arte ele conheceu meio mundo (Austrália, França, Espanha, Itália, Califórnia e muitos outros países). Mesmo assim não era um grande super herói. Trabalhava feito um burro e mesmo assim as contas às vezes acumulam. Mas esse não é o caso, afinal ele está na rua e é nesse momento que se sente livre.
Então ele passa pela avenida suburbana (todos sabem que não é seguro andar por lá pelas tantas, mas ele não se importa, afinal tem suas pernas). De repente entre os seus devaneios ouve umas risadinhas. São dois caras que querem intimidá-lo, mas isso não o preocupa. Os caras então o chamam. -Ei maluco... Gostei de suas pulseiras! (está aí uma coisa que ele não gostava, entre as coisas que menos gostava essa era a principal. O desrespeito ao seu amuleto dado pela sua avó).
Ele se vira e pergunta: - O que você falou?
Os caras repetem e então do nada recebem uma voadora em seus peitos. Eles não esperavam e muito menos o Super-tição esperava que estivessem armados. E estavam. Só que como já havia dito, as pulseiras o protegiam e ele se sentia seguro.
Ouve-se disparos. Seis no total, os caras acha que o atingiram, se aproximam os dois (talvez esse tenha sido o pior erro deles). Quando então do chão mesmo ele os derruba com uma rasteira. Eles caem com as costas no chão, sem tempo para sacarem as armas novamente. E apanham, apanham como nunca tinham sido surrados. Ele não sossego enquanto não os deixa quebrados. Daí vira para os  bandidos e fala:
-Nunca mais desrespeite alguém que está simplesmente andando.
Os caras se perguntam quem ele é, e por que não o acertaram se tinham mirado em seu peito. Mas ele diz que aquilo não foi nada e que esperava não encontrá-los na rua tão cedo.
Continua a andar, pega um pernoite e cruza a cidade. Quer se distrair, e perceber que a noite a cidade está mais silenciosa, e mais bela. Sem toda aquela agonia do dia, com todo o movimento de uma cidade grande. Chega à Ondina e senta-se na praia. Mas a noite não acabou. Ele está cansado pela luta anterior, mas sabe que há muito por vir, pois um super herói nunca descansa. Lembra das histórias que já leu e continua sua jornada a procura de ação... Afinal ele é o "Super-Tição"!

Jackson Rodrigues Caetano
Em 23 de outubro de 2009

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Esperando...

É noite, faz um calor daqueles. E ela está em seu quarto, pensando no que irá fazer no dia seguinte. Ela estava entusiasmada, pois estava chegando a hora. Quantas horas aguardou para que este momento chegasse. E finalmente, só faltavam algumas poucas horas.
Os minutos são intemináveis, e o calor está acabando com ela. Toma mais um banho, deita-se na cama, rola para um lado, rola para o outro, mas o sono não vem. Parece que a está torturando. -Por que tudo isso esta noite? (Ela se pergunta). Mas não há resposta, pois agora faltam apenas algumas horas. Pega o controle e liga a tv, esta só passa coisas banais. Desliga a tv e volta a imaginar nos momento vindouros.
Já passou uma hora, e parece que o sono começa a querer chegar, mas de repente ouve um galo lá fora. Ela se assusta e olha pela janela para ver se o sol já aparece no horizonte. E se algo acontecesse de errado? E se não acontecesse como esperava? Mas ela trata de não pensar nisso, pois os momentos que virão serão lindos. Ela vai fazer de tudo para ser feliz. E esta felicidade não a deixava dormir.
Tic tac, soa o relógio. Ela deita mais uma vez e espera dormir, mas sente medo, pois pode não acordar a tempo. O sono pode traí-la, mas o tempo continua a passar devagar. -Vair dar tudo certo! (ela pensa mais uma vez). De repente fecha os olhos e quando menos espera está dormido. O dia amanheceu e ela está dormindo. então o despertador começa a tocar. -Caramba, dormí demais!
Senta-se na cama para derpertar-se e percebe que o ambiente está muito silencioso.
Ela então levanta-se, coloca as sandálias e vai arrastando os pés para a porta de seu quarto. Quanto então vê seus pais na cozinha, soprando bolas, preparando um bolo, e uma fraze pendurada na parede. "Feliz aniversário Cecília". Ela então se sente feliz, pois teve uma surpresa muito boa e então percebeu que seu dia seria maravilhosamente bom. E que o seu oitavo aniversário seria o melhor de todos os tempos.

Jackson Caetano
Em 20/10/2009

sábado, 17 de outubro de 2009

Utopia...

Utopia de liberdade

Em busca da liberdade o homem lutou.
Lutou tanto até que teve liberdade
Mas quando essa, ele já tinha conseguido,
Ele então não percebeu.
Não percebeu, pois já tinha lutado tanto
Que já não lembrava o porquê lutava.
Mesmo com a liberdade
O homem se sentia preso.
E lutava, e lutava e lutava
Até perceber que não teria mais...
"LIBERDADE". 

Jackson Rodrigues Caetano
(16/10/2009)

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Penso logo...

Olá pessoal, estou aqui mais uma vez, para não deixar a peteca cair e o pensamento morrer. É extremamente importante que exponhamos sentimentos sobre os diversos assuntos e hoje eu passo para falar da vergonha que é morar em Salvador (atualmente). Uma cidade marcada por paisagens belas, cultura e festas não deixa de lado o abandono ,a desordem e o desrespeito para o cidadão (aquele indivíduo que paga impostos e que garante a folha do governo o que paga as contas da cidade).

A tão querida Salvador além de estar abandonada às traças em seus pontos turísticos, suas ruas históricas, seus becos populares e espaços de entretenimento, também sofre com um grande mau chamado "transito", onde este praticamente não existe. E não estou falando por conta dos grandes congestionamentos não. O que ocorre é que hoje além de pagar umas das tarifas de transporte mais caras do país temos também que andas mais de um quilômetro para o ponto mais próximo, sair de onde quer que estejamos no máximo as 21h., correr o rísco de ser assaltado e nos espremermos nos carros superlotados (ou nos pendurarmos nas portas). Uma vergonha para o trabalhador que tem que tirar de seu bolso e não tem retorno de serviços. Além disso os estudantes só têem direito há quatro passagens por dia  e as passagens mensais não condizem com a soma total de cada mês. Como se estudante fosse estudante apenas para ir à escola. E para sir ao cinema, biblioteca, teatro, outra escola, participar de projetos? Como fica, ele passa a ser adulto? Ou não vai à escola na quele dia? Como pode um Prefeito que se diz olha pelo povo aceitar tais condições?
Recordo-me do grande debate e as conquistas obtidas pelos estudantes em 2003 na conhecida "Revolta do Buzú" onde fomos espancados, desrespenitados, violentados e agora graças ao nosso prefeito fomos também esquecidos. Se naquele momento acreditávemos que a meia éra para todos os momentos por que não agora, já que nem ônibus temos para nos locomover? Onde estão as pessoas para ter o mesmo poder de idignação do passado?
Até quando ficaremos parados?

Com isso deixarei para vocês uma música provocativa do Gabriel o Pensador, reflitamos e façamos o que for melhor para nós.

Até Quando?

Gabriel Pensador

Composição: Gabriel o Pensador; Itaal Shur; Tiago Mocotó
Não adianta olhar pro céu com muita fé e pouca luta
Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer e muita greve
Você pode e você deve, pode crer
Não adianta olhar pro chão, virar a cara pra não ver
Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus sofreu
Num quer dizer que você tenha que sofrer

Até quando você vai ficar usando rédea
Rindo da própria tragédia?
Até quando você vai ficar usando rédea
Pobre, rico ou classe média?
Até quando você vai levar cascudo mudo?
Muda, muda essa postura
Até quando você vai ficando mudo?
Muda que o medo é um modo de fazer censura

(Refrão)
Até quando você vai levando porrada, porrada?
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando porrada, porrada?
Até quando vai ser saco de pancada?

(Repete refrão)
Você tenta ser feliz, não vê que é deprimente
Seu filho sem escola, seu velho tá sem dente
Você tenta ser contente, não vê que é revoltante
Você tá sem emprego e sua filha tá gestante
Você se faz de surdo, não vê que é absurdo
Você que é inocente foi preso em flagrante
É tudo flagrante
É tudo flagrante

(Refrão x2)
A polícia matou o estudante
Falou que era bandido, chamou de traficante
A justiça prendeu o pé-rapado
Soltou o deputado e absolveu os PM's de Vigário

(Refrão x2)
A polícia só existe pra manter você na lei
Lei do silêncio, lei do mais fraco:
Ou aceita ser um saco de pancada ou vai pro saco

A programação existe pra manter você na frente
Na frente da TV, que é pra te entreter
Que pra você não ver que programado é você

Acordo num tenho trabalho, procuro trabalho, quero trabalhar
O cara me pede diploma, num tenho diploma, num pude estudar
E querem que eu seja educado, que eu ande arrumado que eu saiba falar
Aquilo que o mundo me pede não é o que o mundo me dá

Consigo emprego, começo o emprego, me mato de tanto ralar
Acordo bem cedo, não tenho sossego nem tempo pra raciocinar
Não peço arrego mas na hora que chego só fico no mesmo lugar
Brinquedo que o filho me pede num tenho dinheiro pra dar

Escola, esmola
Favela, cadeia
Sem terra, enterra
Sem renda, se renda. Não, não

(Refrão x2)
Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente
A gente muda o mundo na mudança da mente
E quando a mente muda a gente anda pra frente
E quando a gente manda ninguém manda na gente

Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura
Na mudança de postura a gente fica mais seguro
Na mudança do presente a gente molda o futuro

(Refrão)

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Nega Flor





Pessoal, esta noite estou meio inspirado, e por isso resolvi compartilhar essas duas poesias. Na verdade um poema é meu o "Flor Mulher" e o outro é uma fuzão da poesia "Ai se sêsse" de Zé da Luz e do soneto "Pálida à luz" de Álvares de Azevedo. Espero que gostem e comentem.




Flor Mulher


Uma mulher vestida de flor
Tocou meus sentidos intensamente
Senti seu cheiro, seu gosto meio azedo
Seu calor e seu desejo.

Em sua intimidade eu estava alucianado
Não sabia o que fazer
Nem o porque merecer
Nessa vida ser tão amado.

Essa mulher é encantadora
Delicada e sedutora
Muito difícil de conquistar

Mas estou ao teu lado
E só por este fato
Nada mais tenho a falar.

Jackson Rodrigues Caetano
em 10 de setembro de 2009





Devaneios

Não te rias de mim, meu anjo lindo!
Por ti - as noites eu velei chorando,
Por ti - nos sonhos morrerei sorrindo!

Se um dia nós se gostasse
Se um dia nós se queresse
Se nós dois se empareasse
E se juntim nós dois vivesse
Se juntim nós dois morasse
Se juntim nós dois drumisse
Se juntim nós dois morresse
Se juntim nós dois morresse
Se pro céu nós assubisse
Mas porém acontecesse
De São Pedro não abrisse a porta do céu
E fosse te dizer qualquer tulice
E se eu me arriminasse
E tu com eu insistisse,
Pra que eu me arresolvesse
E a minha faca puxasse
E o bucho do céu furasse
E o bucho do céu furasse
Talvez que nós dois ficasse
Talvez que nós dois caisse
E o céu furado arriasse e as virgens todas fugissem

Não te rias de mim, meu anjo lindo!
Por ti - as noites eu velei chorando,
Por ti - nos sonhos morrerei sorrindo!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Retornando das férias vituais

Pessoas, desculpa a demora de mais de 365 dias, mas acredito que seja ssim, estar e não estar com estima suficiente para publicar nesse espaço novas emoções. Mas então, parece que dessa vez vou ficar por mais tempo e para demonstrar um pouquinho, aí vai uma poesia de minha autoria.


O tempo

Lá fora o tempo voa
E eu pareço estagnado
As pessoas parecem não perceber,
Mas o tempo está voando.

As flores aparecem,
Os frutos amadurecem
E muitos não percebem,
Pois o tempo está voando.

Jackson Rodrigues Caetano

em 21 de agosto de 2009