Bem vindos!!!!!!!

Preparem-se para conhecer um mundo diferente, um lugar onde qualquer pensamento será validado, desde que respeitemos o direito de todos, acreditemos que o impossível é possível. Venham, olhem, critiquem, reflitam, aproveitem, pois esse espaço não é pra ser individualizado. Vamos fazer algo coletivo!

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Super-tição em:






Mais um dia de cão.



É manhã, e este cara está andando pelas ruas de Salvador, precisamente pela orla do bairro da Boca do Rio. Ele está pensando nos últimos acontecimentos, está querendo saber o porquê as coisas mudaram tanto de rumo. (Desde uma ultima luta que teve com uns caras sua cabeça não é mais a mesma). Ele então se senta na praia da armação e fica olhando para o mar, se questiona o porquê ele é tão revolto nessa parte da cidade, porque ele não pode ser o que quer ser. –“estou cansado de ser o que sou, quero ser mais e melhor, ser super herói não ajuda muito”. 
Ele teve um relacionamento há dois anos com uma mulher que ele realmente amou, mas ela não conseguia entender o que estava acontecendo, ele tentou protegê-la, mas infelizmente como se fosse uma sina, ela foi assassinada (parece que super-herói não tem direito ao amor). Desde então ele fica se perguntando o porquê das coisas e fica colocando a sua raiva contra seus inimigos. Tem o Cabeça de Peixe (o matador do bairro das Malvinas) com seus feitos inescrupulosos e suas manias por demonstrar que manda. (Uma vez ele chegou a mandar o cara se cagar e se lambuzar antes de esfaqueá-lo). E tem também açougueiro (este gosta de retalhar seus adversários). Ambos foram derrotados pelo Super-tição. 
Mas ele ainda estava incomodado. Quando lutava com dois capangas de Cabeça de Peixe eles soltaram que o Super-tição nunca seria bom o suficiente para derrotar um cara novo que estava na área, mas eles não falaram o nome. Só disseram que o cara também sabia jogar capoeira, e que ele era protegido por um amuleto. (Super-tição teve medo de ser alguém muito conhecido para ele). Então... Ele ficou intrigado e mesmo sabendo que não tinha muitas respostas para as suas perguntas, colocou os caras para dormir na frente da 11° delegacia de polícia com um recadinho em suas costas.





Ele está na praia e lembra-se de sua infância, quando queria muito aprender a dar um “AU” e tinha dificuldade em jogar uma ponteira. Lembrou das risadas, das frustrações e daquela pessoa que o ajudara tanto. E de repente, surge alguém nas suas costas o chama, ele não escuta, mas a pessoa grita.





- Ei! Você meu caro... Vim para trocarmos uma idéia! Serei eu quem irá te ensinar a não se meter nos negócios alheios.





Ele se sente meio tonto, pois a voz parece conhecida, acredita que tudo o que está acontecendo é por conta de seis noites sem dormir, mas não é. Ele está acordado e o mar está mais revolto. O sol está tinindo em suas costas e a praia está deserta, parece que estava tudo pronto.





- Está falando comigo meu rei? (Ele pergunta)



- Sim estou e você terá que aprender a nunca mais se meter com quem não deve.





Ele se vira, fecha um pouco os olhos para ter uma visão melhor, e percebe que há algo familiar naquela face, ele custa em acreditar naquilo tudo, quando então... O cara se aproxima para um combate, um combate que pode ser mortal, e que pode mostrar muito para um homem como o Super-tição. Ele se pergunta o porquê tudo aquilo está acontecendo e então... Recebe o seu primeiro chute na cara (uma voadora, certeira)...




Jackson Rodrigues Caetano
Em 4 de dezembro de 2009

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Garotas Boas Vão Pro Céu... Garotas Más Vão Prá Qualquer Lugar...

Rebeca Matta

Eu tenho tudo que me tem que todos têm que tem o todo que tem tudo mais, e é assim que é, contraido ou expandido e no meu caso eu sou mulher... (3x)

Toda garota tem xoxota e tem muito amor pra dar,
O sangue pulsa, corre, pula...
Aí não há juíz, não há correntes não há!...
Não há quem diga o que é errado, e o que é?
Não há quem fale o que é pecado, e o que é?
Disso o corpo não entende, só não vê quem não quer...
Eu vi um dia pichado na parede de um bar

Garotas boas vão pro céu,
Garotas más vão pra qualquer lugar...(3x)

Há quem pense que a solidão é má,
Há quem diga que tem muito amor pra dar, mas ora,
Solidão é pra quem quer
E solidão é pra quem pode
E já não posso parar de pensar no que podemos fazer juntos...
Eu vou jogando até o fim do mundo,
Esticando a beira de tudo,
Vou querer vibrar com os corpos suados,
Com o sol no deserto, Senhor de tudo
Vou querer tocar você como um esperma penetra no ventre...

Matar ou morrer? Ficar ou correr? Enfrentar todos os bichos (4x)

Eu tenho tudo que me tem que todos têm que tem o todo que tem tudo mais, e é assim que é, contraido ou expandido e no meu caso eu sou mulher... (2x)

Toda garota tem xoxota e tem muito amor pra dar,
O sangue pulsa, corre, pula...
Aí não há juíz, não há correntes não há!...
Não há quem diga o que é errado, e o que é?
Não há quem fale o que é pecado, e o que é?
Disso o corpo não entende, só não vê quem não quer...
Eu vi um dia pichado na parede de um bar

Garotas boas vão pro céu,
Garotas más vão pra qualquer lugar...(3x)

Matar ou morrer? Ficar ou correr? Enfrentar todos os bichos (4x)

Eu tenho tudo que me tem que todos têm que tem o todo que tem tudo mais, e é assim que é, contraido ou expandido e no meu caso eu sou mulher... (4x)

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Criança Não Trabalha

Criança Não Trabalha

Palavra Cantada

Composição: Arnaldo Antunes e Paulo Tatit


 
Lápis, caderno, chiclete, pião
Sol, bicicleta, skate, calção
Esconderijo, avião, correria, tambor, gritaria, jardim, confusão

Bola, pelúcia, merenda, crayon
Banho de rio, banho de mar, pula cela, bombom
Tanque de areia, gnomo, sereia, pirata, baleia, manteiga no pão

Giz, merthiolate, band-aid, sabão
Tênis, cadarço, almofada, colchão
Quebra-cabeça, boneca, peteca, botão, pega-pega, papel, papelão

Criança não trabalha, criança dá trabalho
Criança não trabalha...

Lápis, caderno, chiclete, pião
Sol, bicicleta, skate, calção
Esconderijo, avião, correria, tambor, gritaria, jardim, confusão

Bola, pelúcia, merenda, crayon
Banho de rio, banho de mar, pula cela, bombom
Tanque de areia, gnomo, sereia, pirata, baleia, manteiga no pão

Criança não trabalha, criança dá trabalho
Criança não trabalha...

Giz, merthiolate, band-aid, sabão
Tênis, cadarço, almofada, colchão
Quebra-cabeça, boneca, peteca, botão, pega-pega, papel, papelão

Criança não trabalha, criança dá trabalho
Criança não trabalha...

1, 2 feijão com arroz
3, 4 feijão no prato
5, 6 tudo outra vez...

Lápis, caderno, chiclete, pião
Sol, bicicleta, skate, calção
Esconderijo, avião, correria, tambor, gritaria, jardim, confusão

Bola, pelúcia, merenda, crayon
Banho de rio, banho de mar, pula cela, bombom
Tanque de areia, gnomo, sereia, pirata, baleia, manteiga no pão

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Uma verdade verdadeira...

Verdade

A porta da verdade estava aberta,
mas só deixava passar
meia pessoa de cada vez.

Assim não era possível atingir toda a verdade,
porque a meia pessoa que entrava
só trazia o perfil de meia verdade.
E sua segunda metade
voltava igualmente com meio perfil.
E os meios perfis não coincidiam.

Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta.
Chegaram ao lugar luminoso
onde a verdade esplendia seus fogos.
Era dividida em metades
diferentes uma da outra.

Chegou-se a discutir qual a metade mais bela.
Nenhuma das duas era totalmente bela.
E carecia optar. Cada um optou conforme
seu capricho, sua ilusão, sua miopia.